O sentir da vida - Parte II

...continuação do texto anterior (link aqui)

Sábado, dia 07 de setembro de 2018.

      Acordo sem medo pela primeira vez em muito tempo. Estava num lugar mágico, vivendo experiências transformadoras e desfrutando intensamente da minha própria companhia. Me preparo para tomar um super café da manhã. No fluxo da minha recém-adquirida super-sociabilidade decido puxar papo com o garçom para pedir sugestões de praias interessantes na região. Digo que estou interessado numa praia afastada e deserta. Ele me recomenda a praia de "carro quebrado". Agradeço a indicação, termino meu café e parto na busca da tal praia. No caminho vou ouvindo o velho Bob (que acabou se transformando na trilha sonora oficial da viagem) e brisando no visual que se constrói a minha frente. Me pego rindo e chorando pelo encanto do próprio caminho e penso "Se a vida é caminho, estou vivendo muito bem nesse momento". Percebo então que estou completamente perdido e decido simplesmente continuar indo. Desisto de encontrar "carro quebrado" e num diálogo comigo mesmo concluo que a melhor coisa a se fazer é seguir em frente e esperar meu coração decidir atracar em algum lugar. Passam-se 5 minutos dessa deliberação e vejo um senhor segurando umas fotos na beira da estrada. Decido parar e conversar com ele. Rapidamente noto que este senhor é um guia de turismo freelancer da região. Pergunto sobre uma praia legal para conhecer. Ele me recomenda uma praia sofisticada e badalada de gente rica. Rapidamente informo-o sobre minhas reais intenções: "Conhece uma praia deserta para um hippie passar o dia inteiro no sol?" Ele me diz: "Então é Carro Quebrado!" 


         Imediatamente lembro do garçom no café da manhã e digo: "É essa mesma que eu quero!" O guia me recomenda falar com o Jonas que ficava no segundo quebra-mola a frente. No final do nosso breve encontro ele diz: "Quando você vê Jonas diga que foi Padre Marcelo que te indicou." Olho para ele e percebo sua semelhança com o famoso religioso, caio na gargalhada junto com o sósia do Padre Marcelo e digo: "Caralho, irmão, você é a lata mesmo do padre Marcelo." Sigo em frente e avisto dois caras no tal do segundo quebra-mola. Paro o carro e pergunto: "Quem é o Jonas? Padre Marcelo mandou eu vir falar contigo. Quero ir para Carro Quebrado. Como faço?" Rapidamente faço amizade com o Jonas que me cobra um certo valor (definido em 10 segundos informalmente entre ambos) para me deixar em Carro Quebrado. Jonas vai na frente de moto e eu vou seguindo. No caminho percebo Jonas empinar sua moto e fazer várias loucuras de chinelo e sem capacete. Imediatamente passo a gostar de Jonas pelo seu espírito anarquista. Vou seguindo Jonas, que nessa altura dos acontecimentos já tinha virado "Jonas o Motoqueiro" na minha cabeça, numa referência a um vídeo engraçado do Youtube que eu adoro (link aqui). Passamos por caminhos incríveis, canaviais absurdamente verdes num cenário extremamente psicodélico composto por um lindo dia de muito sol e um imenso céu azul. Embarco na psicodelia da existência durante todo o caminho. Em algum ponto do percurso o Jonas decide parar num mirante para tirarmos fotos. Começo a trocar várias ideias com Jonas o Motoqueiro, que nessa altura do campeonato já tinha virado meu brother. Falamos sobre vida, felicidade, amizades, diversão, empatia e outros assuntos riquíssimos. Tiramos uma foto na praia pra registrar nossa brodagem. Em algum ponto da conversa Jonas fala para mim: "Dá para ver que você é um irmão mesmo." Respondo: "Somos todos irmãos, Jonas. Somos feitos do mesmo material e vamos para o mesmo lugar. Temos os mesmos medos, problemas e dúvidas. A gente tá junto nessa parada, velho!"


        Começo a perceber que essa minha nova postura de me abrir com todos que cruzavam meu caminho acabava me aproximando das pessoas e dissipando um sentimento ruim que andava comigo há muito tempo: o medo do outro. Lembro de uma querida amiga que certa vez me disse: "O contrário do amor não é o ódio e sim o medo." Essas palavras começam a adquirir um novo sentido para mim ali naquele contexto. Minha cabeça começava a fervilhar com lapsos de potenciais teorias no campo da moral sobre empatia, amor, abertura, medo, fragmentação, sofrimento, busca por unidade, humanidade, etc. Mas escolho deixar para teorizar depois. Naquele momento eu sentia que precisava de mais experiências. Então continuamos nosso caminho rumo à "Carro Quebrado".

            Ao chegar na famosa praia para a qual o Universo me enviava ouço as palavras de Jonas: "Nessa praia fica o seu Elias. Ele é um artesão que vende desenhos feitos com areia dentro de garrafas enquanto a mulher dele vende petiscos na praia. É a única barraca que tem nessa praia. Pode deixar suas coisas na barraca dele se quiser caminhar. Eles são pessoas de confiança." Agradeço as recomendações do Jonas e me despeço dele. Chegando na barraca na beira de uma pria paradisíaca cumprimento a filha do seu Elias, uma criança de cerca de 11 anos que ajudava a mãe na simples barraca de madeira e palha. Deixo minhas coisas num canto, informo para ela que estava deixando minha carteira e minhas roupas ali e que iria explorar a praia. Faço uma caminhada num lugar lindo, completamente maravilhado por estar ali. Encontro uma sombra na encosta de uma linda falésia e decido aportar ali para observar o mar. Faço alguns Ásanas e vou sentindo minha presença aumentar. Decido meditar na beira do mar. Novamente acesso o observador e fico ali durante um longo tempo, apenas sentindo o Universo em mim. Após mais uma incrível sessão de meditação decido entrar no mar. De repente começa a chover. Ignoro o lado medroso que o inconsciente coletivo implantou em mim sobre potenciais perigos de ser atingido por raios ao entrar no mar em dias de chuva. Sigo cada vez mais fundo no mar. Vejo que sou a única pessoa em toda a praia dentro do mar. Decido tirar minha sunga e nadar pelado. Percebo como é gostoso fazer isso e penso: "Como eu nunca tinha feito isso antes?" Depois de um longo tempo nadando nu ali naquela praia maravilhosa sinto vontade de voltar para a areia. Coloco minha sunga e retorno à praia para uma caminhada. Naquele momento eu estava explorando o mundo exterior, mas pelo fato de estar sozinho estava em contato próximo com a dinâmica dos meus próprios afetos. A mente estava alerta, mas silenciosa, aguçada, focada e surpreendentemente livre de ruídos. Sentia que pequenas narrativas estavam querendo se formar ali, mas ainda estava sedento por experiências.

          Volto para a barraca do seu Elias e peço um peixe frito com macaxeira para sua esposa. Sento na mesa para esperar meu peixe e vejo uma criança brincando ali perto. Começo a bater papo com ele. Descubro que seu nome era Eliseu, o filho do seu Elias. Pergunto a ele sobre a escola, sobre seus amigos, suas brincadeiras, seus gostos, sua rotina e vamos batendo um grande papo. Começo a me ver ali no Eliseu. Ele me diz que está aprendendo a ler. Me revela que ainda não sabe escrever, mas que já sabia escrever o próprio nome. Peço para ele me mostrar. Ele pega um graveto e escreve na areia em letras maiúsculas de máquina "ELISEU". Elogio sua destreza e adianto para ele que ler é uma das melhores coisas da vida, que ele ia se divertir muito quando finalmente aprendesse a ler e que poderia descobrir várias coisas legais do mundo através da leitura. Meu peixe chega de repente. Decido comer com as mãos. Me esbaldo comendo peixe frito com macaxeira com as mãos como um homem das cavernas barbudo. Uns cachorros chegam perto e vou separando uns pedaços do meu peixe para o Eliseu dar para os amáveis cães. Nos divertimos alimentando os cachorros da família. Lembro dos meus fones de ouvido e pergunto para o Eliseu se ele gostaria de ouvir música. Ele logo se anima com a ideia naquela empolgação natural de criança. Pego meus fones e apresento Bob Marley para ele. Observo um sorriso se formar aos poucos no rosto do Eliseu enquanto vou mostrando diferentes músicas do Bob para ele. Vez ou outra ele tira o fone e diz: "Essa aqui eu gostei!" Aquela interação enchia meu coração de alegria! Decido tirar uma foto com meu novo amiguinho.

          
           De repente vejo o seu Elias sentado num canto e decido ir lá bater papo com ele também. A princípio ele estava meio tímido, retraído, provavelmente se sentindo inferior por conta de anos de condicionamento de uma sociedade de afetos descontrolados que enaltece o "ter" em detrimento do "ser". Procuro um elo comum que me unisse a ele para iniciar uma conversa longe desse conceito desumano de valoração de afetos com base na quantidade de bens materiais que temos ou deixamos de ter. Percebo que o que nos une é o que está ali na nossa frente: o próprio presente. Comento então: "Seu Elias, a vista que você tem todo dia do trabalho é a coisa mais linda do mundo!" Ele abre um grande sorriso e concorda com meu comentário. Rapidamente sinto que a própria natureza é o que nos une!  Como diria Nietzsche, somos todos demasiado humanos. Passamos um longo tempo conversando sobre a vida. Escuto atentamente suas histórias. Acabo descobrindo que apesar da timidez inicial ele era um grande contador de histórias e que ali residia uma enorme fonte de sabedoria. Começo a perceber que a simplicidade aproxima as pessoas. Aquele velho medo já não me atingia mais. Ele havia sido substituído por amor. Tento absorver tudo que aquela experiência poderia me proporcionar. Ali eu não era Professor e sim Aluno. Escuto atentamente o seu Elias me contar a história de um conhecido que aos 20 anos decide largar a vida na praia para se aventurar na cidade grande. Seu sonho era voltar para o mar com dinheiro suficiente para comprar  uma casinha na praia e um barquinho de pesca. Após 30 anos de trabalho na fábrica em São Paulo ele retorna à Maceió, compra sua casa e seu barquinho. Um dia voltando de uma pescaria se depara com um pescador que nunca havia saído de sua vila e cheio de orgulho conta para ele sua história de sucesso: "Saí daqui aos 20 anos, trabalhei a vida inteira na fábrica, peguei uma aposentadoria boa pela firma e voltei para cá com dinheiro para comprar uma casa e um barco. Eu venci na vida!" Nisso o pescador responde: "Mas precisou sair daqui e passar 30 anos lá para poder voltar para cá?" Em algum ponto da nossa conversa comento com o seu Elias enquanto olho para o mar: "Isso aqui é bom demais!" Percebo que ambos estávamos com os olhos marejados.

              Após essa linda conversa sinto vontade de explorar o outro lado da praia. Me afasto da barraca do seu Elias e vou explorar a natureza. Uma palmeira absurdamente torta me chama a atenção. Sua copa parecia buscar o mar numa tentativa perigosa de se ver livre de suas próprias raízes. Estou acostumado a ver palmeiras dispostas na vertical, formando um ângulo de noventa graus entre o eixo principal do tronco e a superfície do solo. Calculei que a palmeira a minha frente estava disposta em um ângulo de cerca de 40 graus. Aquela cena me formou a imagem mental de uma palmeira rebelde, que simplesmente não podia seguir as normas convencionais que regiam a vida das  demais palmeiras. Aquela palmeira precisava de mais. Assim como eu, ela precisava sair para ver o mar. Me identifiquei com aquele ser vivo e decidi meditar em sua base. Na meditação o sentimento de amor pela humanidade começou a dominar a dinâmica dos meus afetos. Decido simplesmente senti-lo. Se a vida é uma oportunidade de interagirmos com nossas próprias emoções no intuito de aprendermos sobre nós mesmos, me abro para aquele sentimento. Penso que ao nos permitir sentir o que sentimos nos abrimos para aprender aquilo que precisamos aprender. A verdadeira sabedoria de vida reside no campo dos afetos. E após essa sessão de meditação volto para me despedir do seu Elias e voltar para o hotel. Na despedida dou 10 reais a mais além da conta e digo para o seu Elias: "Para você tomar uma no fim do dia com a sua esposa." Ele responde: "Eu vou dar para o Eliseu tomar um sorvete." Aquela demonstração genuína de bondade amolece meu coração. E como se não bastasse ainda escuto do seu Elias: "Volte aqui outro dia. Você ganhou uma família!" Agradeço as palavras do seu Elias, dou um abraço nele e volto com os olhos marejados para o carro.

               Ao chegar no hotel tomo um banho e vou tocar meu violão. A música tem o poder de juntar os pedaços dos meus afetos e montar seu quebra-cabeças sem que eu precise usar as palavras. Ela vai direto na emoção e por isso é tão poderosa. E após uma longa sessão de momentos mágicos com meu violão começo a perceber as lições que essa viagem havia me ensinado. Organizo então meus pensamentos e finalizo esse texto com a seguinte construção, baseada em toda a minha vivência:

1 - O ser humano é uma folha em branco. Nascemos completamente livres para construirmos nossa própria essência. Carregamos dentro de nós todos os potenciais da humanidade. Chegamos aqui prontos para compor sinfonias, escrever poemas, deduzir teoremas matemáticos, pintar quadros, preparar discursos e driblar adversários numa partida de futebol. Mas o fato de termos um grande cérebro preso a um pequeno corpo exige uma caixa craniana móvel nos primeiros meses de vida. Essa fragilidade física é compensada pela programação natural que a natureza encontrou de cuidarmos uns dos outros. A origem da empatia talvez resida em questões de biologia evolutiva. A empatia é o caminho natural dos seres humanos. Não conseguimos cuidar de nós mesmos sozinhos quando nascemos. Sem a empatia a espécie não teria tido nenhuma possibilidade de permanecer viva;

2 - Ao mesmo tempo possuímos dentro de nós uma série de instintos selvagens, pois somos parte integrante da natureza, viemos dela e voltaremos a ela. Os desconfortos físicos de uma vida na natureza selvagem que serviram como o gatilho de ação do homo sapiens em seu processo civilizatório levaram-nos a uma supervalorização da razão e a uma desconexão entre nosso sentido existencial e nossa própria natureza. A razão passou a ocupar um patamar de superioridade em relação aos instintos. Passamos então a valorizar mitos de cooperação social e criarmos conceitos para convencermos uns aos outros de cooperarmos "juntos" num modelo social que levaria à "paz social" proveniente da domesticação dos instintos pela razão. A natureza, ou seja, aquilo que é natural ao homem, passou a ser algo a ser superado pela nossa própria racionalidade. Como se a razão humana estivesse dissociada da natureza humana;

3 - Criamos então as sociedades humanas "mentais" nas quais a moral imposta ao coletivo pelas classes dominantes de cada época passou a valorar em cima dos afetos individuais da espécie. Começamos a desvalorizar o sentimento e enaltecer o pensamento. Esse processo levou a uma enorme depressão existencial que teve que ser estancada de forma não muito eficiente pelos mitos da religião e do Estado. O medo diante do desconhecido, que foi a forma que a natureza desenvolveu de nos forçar a olhar para dentro em busca de respostas que residem nos nossos próprios afetos, passou a servir como janela de oportunidade para estratégias de controle de rebanho por parte das religiões e do Estado;

4 - O cristianismo propôs uma solução simples para um problema complexo. Inventou o pecado e a recompensa com base na psicologia de reforço positivo, largamente difundida em sistemas de adestramento animal. Junto com o pecado veio o sentimento de culpa, um sentimento inventado pelo próprio homem para aprisionar semelhantes e fazer com que estes cooperem em prol do bem estar de uma pequena classe dominante;

5 - A antropomorfização de Deus na figura de um homem sábio, preocupado com as condutas individuais de cada homem, julgador, punidor e temível, deu o golpe de misericórdia que faltava em cima do indivíduo. A transcendência e consequentemente a compreensão do mundo por parte de uma investigação individual dos próprios afetos se tornou algo fora do plano da vida. Agora Deus estava finalmente separado de você e era amigo dos líderes religiosos;

6 -  Entretanto, continuamos sentindo os desconfortos que sentimos e tentando agir da melhor forma que podemos diante dessa dinâmica complexa que se estabelece em cada um de nós. Postulo que esses desconfortos nada mais são do que formas que a natureza encontrou de nos mobilizar rumo a ações que levarão a vida (além da nossa própria espécie) a um lugar de maior estabilidade. Talvez isso esteja associado inclusive a questões termodinâmicas. O Universo manifesto talvez seja só uma forma que o tempo encontrou de dissipar entropia. E nós, os dissipadores de entropia, movidos pelos nossos desconfortos, empreendemos ações que no intuito de anular incômodos psicológicos acabam conduzindo o Universo a um lugar de maior estabilidade. Não podemos basear nossas especulações metafísicas somente em questões transitórias, efêmeras e pontuais como a geopolítica do Homo Sapiens. Temos que pensar além de nós mesmos, além da própria espécie, além da mente, ouvindo o coração;

7 - O que a própria natureza dos meus encontros com o mundo e com os meus afetos tem me ensinado é que o sentimento humano que mais nos desconecta do presente é o medo. O medo é o contrário do amor simplesmente porque amor é presença enquanto medo é ausência, ausência de si próprio principalmente. O medo surge sempre que há um descolamento entre o ente (aquele que age, o indivíduo fragmentado pela própria experiência) e o ser (aquele que sente, o ser humano que carrega dentro de si toda a humanidade). No silêncio da meditação pude escutar meus afetos, não como o Rafael transitório e finito, mas como a própria vida, dinâmica, mutável e eterna;

8 - Ao mesmo tempo, investigando a natureza do medo, percebi que este é um sentimento replicado.  A mente se alimenta de medo para fugir de encontros que ela (com base em experiência passada) acha que serão nocivos ao ser no futuro. Portanto, para a mente funcionar ela precisa navegar por tempos que não são os tempos do corpo. Além desse fato, fomos também ensinados a temer o outro desde muito cedo. Esse medo do outro acaba nos afastando de nós mesmos, pois se para estarmos presentes (portanto em contato com nossa própria natureza) não podemos estar presos à processos mentais associados ao medo do desconhecido, quando olhamos para o outro com medo é porque não  nos reconhecemos no outro. Vemos no outro apenas um desconhecido e tudo aquilo que é desconhecido nos assusta e nos mantém ausentes;

9 - Mas ao conversar com todas essas pessoas que cruzaram meu caminho e vê-las como irmãos, percebi que o outro não é tão desconhecido assim. Ele é feito dos mesmos átomos que eu, sente as mesmas dores, possui os mesmos medos, sente-se tão perdido quanto eu me sinto, teme a doença e a morte assim como eu e está aqui nesse mundo tentando fazer o seu melhor, assim como eu. Ao me conectar com o outro percebi que havia me conectado com a humanidade e vi que para me amar era preciso amar toda a humanidade, cultivar a empatia, o sorriso e o amor, fazer um esforço contínuo de levar o melhor dos meus sentimentos para as pessoas. Só assim eu poderia contribuir para limpar o inconsciente coletivo de tanta sujeira e condicionamento nocivo aos afetos da espécie para que as gerações futuras e talvez nossas próximas encarnações possam viver num mundo melhor, com mais amor e sentimentos bons. 

Para sentir-se bem é preciso estar presente.
Para estar presente é preciso não temer.
Para não temer é preciso amar.
Para amar é preciso confiar.
Fazer o bem e sentir-se bem, esse é o verdadeiro sentido da vida.

FIM

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