A árvore
Vejo um pássaro voando em círculos num lindo céu azul. Sinto o vento afagar minha pele, como se me consolasse de mim mesmo. Ouço os pios dos canários ao fundo, como se os habitantes do céu estivessem manifestando em sons a captação dessa frequência que ressoa em tudo. Os insetos parecem querer entrar tambem nessa conversa. Um grilo dá a palavra do dia enquanto uma borboleta sobrevoa seu céu e ignora sua presença terrestre. Olho para o horizonte e vejo uma enorme árvore. Caminho em sua direção. Suas raízes parecem árvores inteiras saindo de seu centro magnífico. Existem raízes por todos os cantos, algumas caem do céu como cipós que buscam a conexão com a terra, outras se espalham pelo chão formando ranhuras que brotam de dentro da terra, buscando a luz e talvez um pouco de ar. Me sinto pequeno e maravilhado com a grandiosidade dessa árvore. Me pego imaginando qual seria a profundidade das raízes que não consigo ver. Dizem que na média, as raízes de uma árvore costumam penetrar na terra