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Mostrando postagens de setembro, 2018

O sentir da vida - Parte I

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      No início deste mês vivi uma experiência transformadora. Gostaria de deixá-la registrada na forma de texto. Acho que pode ser útil para outros da minha espécie. Na primeira semana desse mês, entre os dias 03 e 05 de setembro, por alguma magia, dessas que o Universo desenha sem a gente perceber, minha vida estaria na rota de uma jornada transformadora da qual eu ainda não fazia ideia. Havia dado aulas muito boas na segunda, terça e na quarta. São nesses dias que minhas aulas estão concentradas neste semestre letivo. Meus alunos mais próximos sabem o quanto dar boas aulas é importante para mim. Eu sempre entro em sala de aula para fazer o melhor que eu puder. Ser 100% presença e entregar aos alunos toda a minha energia vital na construção de um discurso bem encadeado, divertido, empolgante e provocador de sinapses. Sempre querendo ir além das questões técnicas ali expostas. E minhas aulas estão fortemente sujeitas à imprevisibilidade das minhas próprias sinapses. Evito ficar muito

O barco e o porto

E mais um barco atraca neste cais Seus contornos me soam familiares Há tempos ele não aparecia por aqui Melancolia é o nome desta embarcação Um pequeno barquinho de cor cinza Sem velas, motores ou remos De aparência modesta e cansada Pela longa espera que o trouxe até aqui Desejoso de atracar e enfim ser visto É tudo que o novo hóspede deseja Ancorar, descansar, ser notado e partir Como querem todos os barcos deste porto Mas para o marinheiro que tem fome de mar A presença deste barquinho incomoda Pois ele ocupa um espaço precioso Que o desejo reservou a uma grande Nau Mas o que sabe o desejo Sobre esse navegar sem rumo? Se todo desejo esconde uma intenção E toda intenção vislumbra um caminho? E se todo porto é uma porta Sempre aberta a um novo "se lançar" Então deixa esse barquinho descansar Pois logo ele parte e outro ocupa seu lugar